RESUMOS DOS TRABALHOS

ANAIS DO EVENTO

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LANAC - LIGA ACADÊMICA DE NEUROLOGIA DE ANIMAIS DE COMPANHIA

EXAME NEUROLÓGICO: REFLEXOS MIOTÁTICOS E AVALIAÇÃO SENSORIAL

Ana Cristina Mendonça

 

Uma das etapas do exame neurológico, a análise dos reflexos miotáticos (ou espinhais) e a análise sensorial têm por objetivo, respectivamente, a identificação de lesões dos nervos motores superior (NMS) e inferior (NMI), do tônus muscular e a percepção de dor envolvendo os nervos periféricos, medula espinhal, tronco encefálico e córtex prosencefálico (COELHO, GUTIERREZ e MARTINS, 2013), integrando, juntamente ao exame dos nervos cranianos, a etapa hands on do paciente com suspeitas de afecções neurológicas. O presente trabalho objetiva destacar as etapas e métodos clínicos adotados na análise dos reflexos espinhais e sensoriais, bem como sua finalidade, através da comparação bibliográfica. Entretanto, pouca variação foi encontrada nos textos analisados, embora algumas obras apresentem maior detalhamento dos métodos adotados, o que provavelmente decorre da própria finalidade e espécie de publicação. Observou-se a indicação de uma ordem pré-definida para o exame clínico, destacando os autores que, embora a sequência possa ser alterada a critério do médico veterinário, deve-se buscar uma rotina de forma a garantir um exame completo, deixando-se os testes desconfortáveis para os pacientes (a exemplo do reflexo perineal e o reflexo cutâneo do tronco) por último (DEWEY, 2016). Assim, recomenda-se começar essa parte do exame com a avaliação do tônus muscular, passando à análise dos reflexos miotáticos, e reflexos flexores ou de retirada ao final, em momento anterior ao reflexo perineal e cutâneo do tronco. Também ressaltam os autores ser indicado o teste dos membros pélvicos antes dos torácicos. O exame dos reflexos miotáticos avaliam a integridade dos componentes sensoriais e a classificação de um distúrbio neurológico como sendo NMS ou NMI (NELSON e COUTO, 2021), observando-se redução ou ausência dos reflexos espinhais e de tônus muscular em distúrbios do NMI e normalidade ou aumento desses quando há comprometimento do NMS. Durante o exame, os reflexos são classificados em ausentes (0), diminuídos (1), normais (2), aumentados ou exagerados (3), clônico (4); devendo ser testados o tônus muscular e os reflexos patelar, gastrocnêmio, tibial cranial, bicipital, tricipital, extensor radial do carpo, flexor ou de retirada, perineal e do panículo - atualmente denominado cutâneo do tronco (DEWEY, 2016), os três últimos ao final do exame, como já indicado. Para verificação de eventual mielopatia crônica, indicadora de lesão do NMS, é recomendável também o exame do reflexo extensor cruzado. Quanto à análise sensorial, os autores referem-se a duas formas de exames clínicos: a palpação e a nocicepção (percepção da dor). A percepção de dor (nocicepção) pode ser avaliada em superficial ou rápida e profunda ou lenta, embora os autores questionem tal classificação. Os testes de detecção de dor, que se realiza através do método de pinçamento, não devem levar em consideração apenas a retirada ou flexão do membro, que pode indicar apenas um arco reflexo intacto (nervo periférico e segmentos espinhais), devendo o médico veterinário observar outras respostas comportamentais, como a rotação da cabeça ou vocalização, que demonstram percepção consciente. Tais exames, junto a outros de igual relevância, são fundamentais para a localização da lesão neurológica, caso existente.

 

Palavras-chave: neurologia; reflexos espinhais; nervo motor superior; nervo motor inferior; nocicepção.

 

Referências bibliográficas

DEWEY, Curtis W.; COSTA, Ronaldo C.; THOMAS, William B. NEUROLOGIA CANINA E FELINA – guia prático. 1ª edição. São Paulo: Ed. Guará, 2017.

NELSON, Richard W.; COUTO, C. Guilhermo. Medicina interna de pequenos animais. 5a. ed. Rio de Janeiro: GEN/Guanabara Koogan, 2021, pp. 966-989.

RAJÃO, Maria Paula; GUTIERREZ, Juan Sebastian; MARTINS, Bernardo. Exame neurológico em pequenos animais. Cadernos Técnicos de Veterinária e Zootecnia, nº 69 - agosto de 2013, pp. 9-27.

EXAME NEUROLÓGICO: ESTADO COMPORTAMENTAL E MOVIMENTOS INVOLUNTÁRIOS

Clara Moraes Falcão


As alterações neurológicas podem advir de diversos motivos, de traumas até hereditariedade, temos conseqüências severas desses transtornos. Nos animais, esses distúrbios são notados pelo tutor, primeiramente, através do comportamento. Por conta disso, a análise realizada pelo veterinário, é imprescindível para a conclusão de um bom diagnóstico. Os níveis de consciência do animal se dividem em níveis, dentre eles, depressão, estupor e coma. Na depressão e no estupor, o paciente reage a estímulos nociceptivos, quadro que pode indicar uma lesão acometendo o cérebro ou o tronco encefálico, doenças sistêmicas ou distúrbios metabólicos. Já o estado de coma, o animal não reage aos estímulos nociceptivos, o que pode indicar uma lesão no tronco encefálico. Alguns dos comportamentos mais comuns em animais com sintomatologia neurológica são a agressividade, vocalização, andar compulsivo e pressionar a cabeça sobre superfícies e obstáculos. Os movimentos involuntários também são sinais muito comuns em pacientes com a região neurológica acometida. Neles, podem ser vistos os tremores, os quais se dividem em tremores de intenção, ação e de repouso, as desordens de movimento, em que se encaixam as distonias, coréia, balismo e atetose. Outros movimentos involuntários também muito frequentes são as mioclonias, catalepsias e as crises epiléticas. Após a realização dos testes neurológicos pelo médico veterinário, o local da lesão será identificado, para posteriormente, serem realizados os procedimentos cabíveis para o tratamento do paciente.


Palavras -chave: exame neurológico, movimentos involuntários, estado comportamental, níveis de consciência.


Referências:

DEWEY, Curtis Wells; COSTA, Ronaldo Casimiro da. Neurologia Canina e Felina - guia prático. São Paulo: Guará, 2017.

CONSELHO REGIONAL DE MEDICINA VETERINÁRIA DO ESTADO DE MINAS GERAIS. Cadernos técnicos de veterinária e zootecnia: neurologia em cães e gatos. 69. ed. Minas Gerais: Fepmvz, 2013.

EXAME NEUROLÓGICO: POSTURA E MARCHA

Elaine Carvalho


Durante uma avaliação neurológica, devemos obter um resultado de integração entre os sistemas funcionais do tecido nervoso. Nesses exames, as alterações podem ter origem encefálica ou em medula e o âmbito normal desses tratos motores dependem da integração entre o cérebro, tronco encefálico, medula, motoneurônios, nervos periféricos, junções neuromusculares e músculos.
Uma anomalia em qualquer dos sistemas, equilíbrio, visual, proprioceptivo, e músculos, pode causar má postura nesses pequenos animais. Posturalmente, observamos posição da cabeça, movimento de rotação, ventroflexão ou oscilação, nas costas, escoliose, cifose ou lordose, bem como anormalidade postural de membros e cauda. Na marcha, em pequenos animais, consideramos anormal quando saem da “marcha diagonal” e também quando alguns animais saem na “marcha de passada”. A maioria das doenças neurológicas trazem alterações na marcha, onde podemos observar 3 condições ditas como anormais: coxear, fraqueza e falta de coordenação, onde o intuito do exame consiste em definir que membros são afetados e o tipo de anomalia apresentada. 


Palavras-chave: Neurologia; exame; observação; anormalidade postural; coordenação.


Referências

DEWEY, Curtis W.; COSTA, Ronaldo C.; THOMAS, William B. NEUROLOGIA CANINA E FELINA – guia prático. 1ª edição. São Paulo: Ed. Guará, 2017.

Exame Neurológico. Referência veterinária. Disponível em https://www.referenciaveterinaria.pt/?page_id=609. Acesso em: 03 set. 2022.

RAJÃO, Maria Paula; GUTIERREZ, Juan Sebastian; MARTINS, Bernardo. Exame neurológico em pequenos animais. Cadernos Técnicos de Veterinária e Zootecnia, nº 69 - agosto de 2013, pp. 9-27.

EXAME NEUROLÓGICO: NERVOS CRANIANOS (parte 2)

Karina Garcia


Uma avaliação neurológica começa antes mesmo da entrada do paciente ao consultório. De certo, essa avaliação pode levar em torno de 15 minutos e ser realizado logo nesse primeiro trajeto do animal, como também no momento em que se realiza a anamnese com o tutor. Porém, apesar de ser um exame rápido, poucos clínicos ainda têm o conhecimento desses procedimentos e acabam deixando passar alguns sinais neurológicos importantes que merecem um olhar mais atento. Os testes neurológicos podem ser realizados na consulta veterinária e alguns deles visam avaliar o correto funcionamento dos nervos cranianos que são compostos por 12 pares localizados no tronco encefálico e no prosencéfalo. É importante que sejam testados e interpretados de maneira correta, buscando com isso a localização da lesão a partir das respostas vindas de possíveis disfunções que alguns desses nervos cranianos podem apresentar. Contudo, nem todo animal que apresenta sinais compatíveis com disfunções neurológicas se trata de um paciente neurológico. Pacientes ortopédicos, por exemplo, podem apresentar sinais confusos. Assim como um animal que chega ao atendimento com hipoglicemia pode ter sintomas como convulsões e head pressing, que na verdade originaram desse problema fisiológico. É necessário que, seja esse paciente atendido por um clínico geral ou especialista, o profissional tenha um pensamento direcionado, levando em consideração a anmnese, histórico do animal, exames clínicos, exames neurológicos, exames laboratoriais e, em alguns casos, exames neurológicos mais específicos, como tomografia e análise de licor. Pensando nisso, o objetivo do presente trabalho é apresentar alguns desses testes neurológicos, que avaliam 5 pares de nervos cranianos – Trigêmeo, Facial, Vestíbulo-coclear, Glossofaríngeo e Hipoglosso – assim como expor o caminho de resposta nervosa de cada um desses nervos observados.

 

Palavras-chave: Neurologia veterinária, avaliação neurológica, teste neurológico, nervos cranianos


Referência bibliográfica:

DEWEY, Curtis; COSTA, Ronaldp; THOMAS, William. Realizando o Exame Neurológico em Neurologia Canina e Felina – Guia Prático. São Paulo, 2017

RAJÃO, Maria Paula; GUTIERREZ, Juan Sebastian; MARTINS, Bernardo. Exame neurológico em pequenos animais. Cadernos Técnicos de Veterinária e Zootecnia, nº 69 - agosto de 2013, pp. 9-27.

VIANNA, Luiz Felipe. Introdução à Neurologia Veterinária – Apostila UFRRJ. Rio de Janeiro, 2000.

EXAME NEUROLÓGICO: NERVOS CRANIANOS (parte 1)

Mariana Lopes


O exame neurológico é realizado para determinar se um problema neurológico está presente, onde está localizado, quão severo e o que pode estar causando. Pode ser realizado de 10 a 15 minutos que inclui avaliação do estado mental e comportamento, marcha e reações posturais, nervos cranianos, reflexos espinhais, palpação e percepção de dor. A Avaliação deve ter alguns aspectos levados em consideração como histórico do animal, exames clínicos, laboratoriais, se houver, tomografia e análise da coleta de líquor e o estado no animal do momento. No exame neurológico testamos os 12 pares de nervos cranianos ( NC ), revestem os lados esquerdos e direitos do cérebro e do tronco cerebral. São numerados e 1 a 12 que se segue : NC 1 = olfatório, NC 2 = óptico, NC 3 = oculomotor, NC 4 = Troclear, NC 5 = Trigêmeo, NC 6 = abducente, NC 7 = facial, NC 8 = vestibular, NC 9 = Glossofaríngeo, NC 10 = vago, NC 11 = Espinhal acessório, NC 12 = Hipoglosso. Os sinais de disfunção indicam uma doença do nervo craniano ou seus núcleos no tronco cerebral no mesmo lado. Nesse trabalho, as manobras abordadas serão: estimulo olfatório, que consiste na função dos nervos olfatórios (NC 1) e pode ser testado pela oferta de alimento e da observação do animal conseguir localiza-lo com seu sentido do olfato (substâncias nocivas não devem ser usadas para testar pois avaliam a porção sensorial dos nervos trigêmeos (NC 5 )). Resposta a ameaça, que avalia os nervos ópticos (NC 2), os nervos faciais (NC 7), a manobra é feita com o avanço de uma das mãos ou dedos em direção ao olho e observação do piscamento das pálpebras testam a resposta a ameaça, lembrar de sempre estar cobrindo um dos olhos para testá-los separadamente. Reflexo pupilar, avalia os nervos ópticos (NC 2) e os nervos oculomotores (NC 3) e pode ser executado mediante a incidência de foco luminoso em cada olho e a observação da construção pupilar no olho testado (resposta direta) e no olho oposto (resposta consensual). Se a resposta direta o consensual estiver ausente, então uma lesão está afetando os NC 2 ou 3 e seus trajetos associados através do diencéfalo e do mesencéfalo. Animais excitados ou amedrontado podem apresentar redução do reflexo luminoso pupilar direito e consensual. Deve se usar uma fonte luminosa forte, pois uma fonte luminosa fraca pode não induzir constrição pupilar. Simetria pupilar, que é observado sob luz ambiente normal. Em animais normais, medo, excitação e redução de luz ambiente fazem com que as pupilas fiquem maiores (mídriase). Ocorre redução no diâmetro pupilar (miose) com aumento na luz ambiente se o animal não estiver amedrontado ou excitado ou apresentar doença intra-ocular. Pode ocorrer midríase em caos de lesões de retina, nervos ópticos, nervos oculomotores ou mesencéfalo. Pupilas mióticas podem estar associadas com lesões encefálicas, diencefálicas e nos nervos simpáticos. Estrabismo, que ocorre quando um ou ambos os olhos se desviam para uma posição anormal em consequência de paralisia de um ou mais músculos extra-oculares. Ocorre estrabismo ventrolateral em casos de lesões nos nervos oculomotores ( NC 3 ) ou em seus núcleos no mesencéfalo. Ocorre uma rotação lateral do globo ocular em casos de lesões no nervo troclear ( NC 4) ou em seus núcleos no mesencéfalo. O estrabismo medial ocorre em casos de lesões nos nervos abducentes ( NC 6 ). Sensibilidade nasal/facial, avaliação da sensibilidade facial devem-se realizar estímulos de toque na face em diferentes regiões com um cotonete ou pinça hemostática em que se espera, como resposta, contração da musculatura facial e fechamento de pálpebras. O estímulo da mucosa nasal efetiva-se após fechamento de ambos os olhos do animal e espera-se como resposta uma movimentação de cabeça consciente. Em ambos os testes, participam da porção aferente os ramos oftálmico, maxilar e mandibular do nervo trigêmio e, da porção eferente, o nervo facial. Com esses testes teremos uma boa avaliação de parte dos nervos cranianos e a funcionalidade de cada um individualmente.

 

Palavras-chave: NC, nervos, testes, midríase, miose, reflexo pupilar, simetria pupilar, estímulo olfatório, resposta á ameaça, estrabismo, sensibilidade nasal, facial.


Referências bibliográficas:


CHRISMAN, Cheryl et al. Neurologia para o Clínico de Pequenos Animais. São Paulo: Editora Gen/Roca, 2005.

RAJÃO, Maria Paula; GUTIERREZ, Juan Sebastian; MARTINS, Bernardo. Exame neurológico em pequenos animais. Cadernos Técnicos de Veterinária e Zootecnia, nº 69 - agosto de 2013, pp. 9-27.


LACFEL - LIGA ACADÊMICA DE ONCOLOGIA

Neoplasias em animais domésticos: Um panorama das publicações brasileiras acerca do tema nos últimos 20 anos

Marlucia Bizzo


Segundo dados da Associação Brasileira da Indústria de Produtos para Animais de Estimação - ABINPET, o Brasil é o terceiro maior país em população total de animais de estimação, com 54,2 milhões de cães e 23,9 milhões de gatos até 2021. Por estarem em melhores condições de instalação, mais próximos dos seus responsáveis, há um aumento da expectativa de vida, e com isso, o aumento das doenças degenerativas, dentre elas, os tumores. O objetivo deste trabalho foi identificar, através da revisão bibliográfica assistemática, os principais autores, produção científica e as interrelações dos estudos retornados à temática da oncologia em animais domésticos. Realizamos uma revisão assistemática, por considerar os elementos de construção e análise dos métodos sistemático e de escopo, sem, contudo, utilizar o protocolo e registro junto ao PRISMA-ScR ou a JBI. Inicialmente foi realizada uma pesquisa prévia para definir as bases de dados e em seguida definida a string de busca "oncology" or "neoplasm" or "carcinoma" (Tópico) AND "domestic animals" or "pet*" (Tópico). Como elemento de inclusão, foram utilizados os critérios: Artigo (Tipos de documento) and BRAZIL (Países/Regiões) e inglês ou português (Idiomas) e Radiologia Medicina Nuclear Imagiologia Médica ou Ciências Veterinárias ou Oncologia (Áreas de pesquisa), que já considera os critérios de seleção e inclusão de publicações. Foi obtido o retorno de 100 publicações. Contudo, o estudo apresenta lacunas e desequilíbrio entre as escolhas das temáticas de pesquisa. É muito superior o quantitativo de estudos relacionados aos meios de diagnóstico e tratamento (imagiologia e medicina nuclear) em relação aos estudos de fisiologia e comportamento das células cancerígenas. Este resultado está embasado no cruzamento entre as análises de acoplamento textual dos artigos e os resultados de coautoria e cocitação. Há uma discreta concentração na coautoria e cocitação, com um único autor participando (coautor e nº de citações) em mais de 10% dos estudos retornados. Desta forma, compreende-se que esta pesquisa cumpre seu objetivo de desenhar um cenário, mesmo que primário, das publicações científicas da temática neoplasia e animais domésticos. Contudo, conclui-se que há lacunas que necessitam ser preenchidas por meio de outros estudos mais aprofundados de maneira que se possa compreender o comportamento das pesquisas em curso.


Palavras-chave: neoplasia, animal doméstico, revisão bibliográfica


Referências Bibiográficas

Tricco AC, Lillie E, Zarin W, O'Brien KK, Colquhoun H, Levac D, et al. PRISMA Extension for Scoping Reviews (PRISMA-ScR): checklist and explanation. Ann Intern Med 2018; 169:467-73. Acessado em 26/08/2022.

Souza, Marcela Tavares de; Silva, Michelly Dias da; Carvalho, Rachel de. Revisão Integrativa: O que é e como fazer. Einstein, São Paulo, v. 1, n. 8, p.102-6, 2010.Acessado em 25/08/2022.

Van Eck N, Waltman L. Pesquisa de software: VOSviewer, um programa de computador para mapeamento bibliométrico. Cientometria, 2010

Sites consultados: https://abinpet.org.br/ acessado em 26/08/2022.


LACFEL - LIGA ACADÊMICA CLÍNICA DE FELINOS

A importância da caixa de areia para os gatos

Aline Carvalho Faria


 A caixa de areia e sua manutenção é um dos pilares para a manutenção  do bem-estar dos  felinos. Marcadores de cheiro são aspectos muito importantes na vida de um gato, são objetos que absorvem o cheiro do gato: eles dizem “moro aqui” e trazem um senso de familiaridade para o animal. A caixa de areia é um dos marcadores mais importantes. Por isso, é significativo que haja um esforço do tutor para ajudar o gato a gostar do local em que vai fazer suas necessidades. Se há o interesse de maximizar a socialização, precisa-se colocar caixas de areia em áreas socialmente relevantes, espaços que tanto humanos quanto animais ocupam de forma simultânea (GALAXY, 2021) Aspectos como tipo de areia, local, características e quantidade de caixas são muito importantes para que o gato tenha uma boa relação com o local em que faz suas necessidades. Muitos tutores possuem problemas em sua casa que podem ser resolvidos seguindo alguns passos básicos de arrumação da caixa de areia. GALAXY (2021) chamou esses passos de “Dez mandamentos da caixa de areia”, com o objetivo de ajudar o tutor a solucionar problemas relacionados à caixa de areia, eles possuem informações como: a importância de não mascarar o cheiro da caixa de areia com o uso de perfumes ou desodorantes; colocar caixas de areias em locais de conveniência para o gato, lembrando sempre de evitar as zonas de emboscada; o comprimento da caixa ideal e diversos outros. Mantendo as preferências do “Gato Essencial” (ele é, basicamente, o gêmeo ancestral do gato doméstico, composto de seus instintos originais) em mente, o bom senso dita pela escolha mais simples no que se trata de areia sanitária. Quanto mais extravagante a areia, maior a probabilidade de dar errado. (GALAXY,2021)

Palavras-chave: comportamento felino, gato doméstico, higiene dos gatos


Referências bibliográficas: 

GALAXY, J.; DELGADO, M. O encantador de gatos: O guia definitivo para a vida com seu felino. 3ª. ed. rev. Rio de Janeiro - RJ: BestSeller, 2020. 388 p.

Linguagem corporal felina

Ana Beatriz Bittencourt da Silva

 

A linguagem corporal felina é a forma como os gatos se comunicam com outros animais, os humanos e até com o ambiente. Não há apenas uma única forma de comunicação, sendo necessário analisar diversos fatores, como: a posição das orelhas, do rabo, dos bigodes, do corpo, vocalização e até mesmo a dilatação das pupilas (COMUNICAÇÃO: Traduzindo o código dos gatos. In: O ENCANTADOR de gatos: O guia definitivo para a vida com seu filho. [S. l.: s. n.], 2020. cap. 4.). As orelhas possuem vários músculos que se movem com rapidez e de forma independente, sendo um dos primeiros sinais a indicar o humor do animal. Orelhas erguidas podem significar foco, frustração ou relaxamento, assim como orelhas achatadas podem indicar irritação ou medo. Quanto mais achatadas, maior o seu nível de medo. Também podem ser uma forma de proteção contra ataques de outros animais. O rabo dos felinos domésticos possui diversas funções: sendo comunicação uma delas. A cauda erguida com a ponta dobrada é um sinal amigável, pode ser de carinho ou forma de cumprimento. Já rabos mais próximos ao chão indicam insegurança, curiosidade, agressividade ou medo. A representação mais clara de medo é o famoso “rabo entre as pernas”. Os bigodes são estruturas sensoriais, responsáveis pela obtenção de informação por tato, porém também indicam quando o animal está atento, quando voltados para frente, e mais relaxado, quanto voltados para o lado. As posições corporais apontam mais claramente as intenções e sentimentos do bichano, sendo as posições de ataque e medo as mais expressivas. Gatos são predadores naturais, porém ocasionalmente também precisam se defender. Uma estratégia de intimidação e agressividade é se esticar o máximo possível e eriçar os pelos, para passar a impressão de que é maior, procurando acuar o seu oponente. Ao contrário disto, a posição de medo é se rebaixar e encolher o máximo possível, na tentativa de proteger seus órgãos vitais. Também há as formas de comunicação em que os gatos demonstram afeto e confiança, como expor a barriga, expondo suas fraquezas, e ficar como um “pão de forma”, escondendo suas principais armas: as garras. Não se pode esquecer da vocalização, o ronronar e o miado. Em geral, o ronronar expressa felicidade e conforto, mostrando a satisfação do pequeno felino, mas também há pesquisas que demonstram que os gatos podem ronronar caso estejam doentes (ainda sem muitas explicações sobre o motivo) (COMUNICAÇÃO: Traduzindo o código dos gatos. In: O ENCANTADOR de gatos: O guia definitivo para a vida com seu filho. [S. l.: s. n.], 2020. cap. 4.). Os olhos são os responsáveis por reunir importantes informações sobre o ambiente, com a pupila se dilatando, para mais entrada de luz, e se contraído, no caso oposto. No momento de mais atenção e probabilidade de ataque, mais intenso o olhar. Desviar os olhos pode ser uma indicação de querer evitar conflitos, uma vez que encarar é uma forma de mostrar dominância. Os olhos relaxados ou piscando são entendidos como confiança e afeto, principalmente piscadas lentas. Visto que há diversas formas de comunicação, é importante analisar salientar que o contexto de cada um faz muita diferença na hora de uma análise mais precisa, tal como a observação de diversos sinais.

 

Palavras-chave: gato doméstico, comunicação, comportamento felino.

 

Referências; LITTLE, S. E. O gato: Medicina Interna. 1a. ed. Rio de Janeiro - RJ: Guanabara Koogan LTDA, 2015. E-book (1913 p.)

GALAXY, J.; DELGADO, M. O encantador de gatos: O guia definitivo para a vida com seu felino. 3a. ed. rev. Rio de Janeiro - RJ: BestSeller, 2020. 388 p.


Por que não se deve acordar o gato?

Gisela Lima dos Santos


Os gatos domésticos ainda têm muito dos instintos selvagens do seu ancestral, o
Felis silvestris lybica, ou gato-selvagem-africano (LITTLE, 2015). Eles são tidos como mesopredadores, ou seja, são animais que estão no meio da cadeia alimentar. São caçadores natos, mas também precisam se defender de seus predadores, como coiotes e gaviões, por exemplo. De acordo com GALAXY (2021), os gatos selvagens têm uma rotina: caçar, apreender a presa, matar, comer, limpar-se e dormir. Passam a maior parte do dia caçando ou dormindo, porque nem sempre as caçadas são bem-sucedidas (de 20 a 30 tentativas, apenas 30% são bem-sucedidas, ou seja, conseguem apreender apenas 6 a 9 presas por dia). Os nossos gatos domésticos também têm a mesma rotina, mas passam a maior parte do tempo olhando o mundo exterior através das janelas (gatos com criação indoor) ou dando suas “voltinhas” (caso sejam gatos semi-domiciliados). Como os gatos de criação indoor teoricamente não têm como caçar, os tutores brincam com eles simulando a caça (GALAXY, 2021). Com isso, tanto o gato selvagem quanto o nosso gato doméstico, gastam energia nessas caçadas, portanto, precisam ter o seu tempo de descanso. Segundo LITTLE (2015), por se tratar crepusculares, os felinos são mais ativos durante o amanhecer e o anoitecer, tirando pequenas sonecas durante o dia. Essas sonecas são importantes para que o gato possa “desligar” seu mecanismo de luta-ou-fuga e recuperar toda energia gasta durante o dia, diz GALAXY (2021). Com isso em mente, conseguimos entender o motivo dos gatos precisarem ter um local seguro para que possam se esconder e descansar. Neste local seguro, humano ou animal algum deve entrar. É o lugar sagrado do gato, (GALAXY, 2021). Quando o gato está em sono profundo, normalmente está com a cabeça e/ou barriga viradas para cima, podendo até cobrir os olhos com o rabo ou as mãos. Quando se interrompe o sono do gato sem necessidade, eles podem se assustar e ter uma reação indesejada. Alguns podem até passar mal apresentando variação na pressão arterial, na respiração ou algum desconforto ou enjoo, pois gatos são muito mais sensíveis ao estresse do que os cães, de acordo com LITTLE (2015). Dormir é muito relevante na rotina do gato, portanto, os períodos de sono devem ocorrer com qualidade e segurança.


Palavras-chave: comportamento felino, fisiologia do sono, gato doméstico


Referências bibliográficas: 

LITTLE, S. E. O gato: Medicina Interna. 1ª. ed. Rio de Janeiro - RJ: Guanabara Koogan LTDA, 2015. E-book (1913 p.)

GALAXY, J.; DELGADO, M. O encantador de gatos: O guia definitivo para a vida com seu felino. 3ª. ed. rev. Rio de Janeiro - RJ: BestSeller, 2020. 388 p.

Como transportar seu gato sem estresse ao consultório

Rafaela da Silva Oliveira


Quem possui um gatinho sabe o quanto pode ser difícil retirá-lo de casa, quer seja para um lugar distante ou uma simples visita a Clínica Veterinária. Por isso, é de grande importância saber como transportar seu gato em segurança. Apesar disso, para que tudo aconteça de uma forma mais tranquila possível, é necessário conhecer o comportamento dos felinos. A partir dessa situação, respeitando suas particularidades, as dificuldades tendem a ser menores. Sendo assim, algumas formas do manejo são recomendadas para transportar os felinos;

# Jamais transporte os gatos soltos nos veículos.

• Pode ser muito perigoso pois os gatos se sentem muito inseguros dentro de um ambiente que não é comum a eles.

• Também é proibido por lei andar com animal fora da caixa de transporte.

# Caixa de transporte:

• De preferência a caixas de transporte devem ser rígidas e com bom sistema de trava para impedir possíveis fugas.

• Sempre procure caixas que permitem abrir pelo topo, dessa forma facilita a colocar ou
remover o gato da transportadora.

• Evite caixas de tecidos, se o gato estiver desesperado, pode danificar o acessório. Afinal, um tecido delicado em forma de telinha não é páreo para as garras de um felino obstinado.

• Utilize paninhos, mantinhas para deixar o animalzinho confortável;

• Acostume seu gato a entrar na caixa como se ela fosse uma cama ou toca.

• Apresente a caixa de transporte ao seu gato de forma suave e jamais o apresse ou tente forçar a entrar!

• O uso de feromônio sintéticos em spray dentro da caixinha ou do carro pode ajudar a minimizar o estresse do gato durante o transporte e deve ser aplicado 15 minutos antes da viagem.

# Durante o transporte:

• Cubra a caixa com um pano ou uma manta, durante o transporte. Dessa forma, o gato irá se sentir mais seguro e protegido.

• Colocar dentro da caixa um brinquedo ou alguma peça que faça parte do seu dia a dia também pode ajudar, já que os gatos têm o olfato aguçado e podem perceber os odores familiares.

• Ao carregar a transportadora evite irritar o seu gato com balanços e colidir a caixa nas paredes, nas suas pernas ou outros objetos.

• Durante o transporte mantenha o ar condicionado ligado ou janelas abertas para evitar aquecimento do carro e prejudicar a saúde do gato.

# Evite indisposições:

• Evite alimentar seu gatinho antes de levá-lo ao veterinário, o balanço do carro e ansiedade pode gerar cinetose (enjoo do movimento)

• Alguns gatos podem urinar e /ou evacua dentro da caixa de tanto medo, nesses casos é bom levar um tapete higiênico de chão dentro da caixinha.

# Ao chegar no consultório:

• Nunca abra a caixa de transporte na recepção

• Sempre colocar a caixa locais elevados e afastados do centro da confusão e das zonas onde circulam cães.

• Evite confrontos com outros animais e expor o seu gato aos ruídos habituais de um espaço veterinário.

# Ao chegar em casa:

• Deixe o gato dentro da caixa de transporte por alguns minutos e, em seguida, abra a portinha e deixe-o sair de forma espontânea.

• Tente que esse momento seja calmo e sem muito ruído

• Procure sempre elogiar o seu gato com um tom suave e caso não haja contra-indicação, recompense com um petisco ou sachê

 

Referências

DANTAS, Letícia Mattos de Souza. Comportamento social de gatos domésticos e sua relação com a clínica médica veterinária e o bem-estar animal. 2010. 139 f. Tese (Doutorado) - Curso de Medicina Veterinária, Universidade Federal Fluminense Faculdade de Veterinária, Niterói, 2010

STRACK, Adriane. Manejo amigável de felinos domésticos. Tese (bacharelado) – Curso de Medicina Veterinária do Centro de Ciências Rurais, Universidade Federal de Santa Catarina

SCHÄFER, Rafaela Glasenapp; ROMANI, Alana Flávia; MEIRELLES-BARTOLI Raphaella Barbosa; RAMOS, Dirceu Guilherme de Souza; AMARAL, Andréia Vitor Couto. Principais alterações comportamentais dos gatos. 2021. http:// dx.doi.org/10.33448/rsd-v10i8.17351

Runco, Larissa. Como transportar gato. http//: psiquevet.com.br

Transporte de animais de companhia (cães e gatos) em veículos automotores. http//: crmv-pr.org.br, elaborado 09/07/2021

 

Ancestralidade e domesticação do gato

Verônica Avelar de Bustamante Sá


A origem do gato doméstico (Felis silvestris catus) bem como o seu processo de domesticação. Tem origem no primeiro mamífero carnívoro na Terra, o Miacids, bem como o ancestral comum de todos os felinos, o Proailurus. Uma pesquisa recente, revelou que todos os gatos domésticos (Felis silvestris catus) são derivados dos gatos selvagens que habitavam do Oriente Médio ou Egito. Apesar de o primeiro registro da domesticação ter se dado há 9.500 anos na ilha de Chipre, acredita-se que o processo tenha iniciado há mais tempo, cerca de 12.000 anos atrás, durante o Período do Crescente Fértil. Nessa época, a população humana deixou de ser nômade e começou a estocar grãos, favorecendo o aumento de roedores e a aproximação de gatos selvagens a procura do alimento. Dessa forma, a população endêmica de gatos selvagens sofreu um processo de seleção artificial, tornando-se menos agressivos à medida que aumentavam a proximidade com o homem, que, por sua vez, passou a tolerá-los e incentivá-los em suas vidas devido ao bom trabalho que desempenham no controle de pragas. Esse processo passou por diversas fases até os dias atuais, incluindo, por exemplo, as de adoração no Egito e perseguição durante a Idade Média. Estima-se que os gatos domésticos sejam a espécie de animais domésticos que mais cresce no mundo, sendo encontrados em diversos continentes, com exceção da Antártida.

 

Palavras-chave: Felis silvestris catus. Gatos selvagens. Gatos domésticos.

 

Referências:

ARAGUAIA, Mariana. "Gato doméstico (Feliscatus)"; Brasil Escola. Disponível em: https://brasilescola.uol.com.br/animais/gato.htm. Acesso em 23 de agosto de 2022.

BRITANNICA, The Editors of Encyclopaedia. "Miacis". Encyclopedia Britannica, 15 Jan. 2015, https://www.britannica.com/animal/Miacis. Acesso em 25 agosto 2022.

CASTELLAR, Guilherme. Como os gatos conquistaram a Terra | Super (abril.com.br) Atualizado em 9 fev 2021, 19h50 - Publicado em 16 fev 2017, https://super.abril.com.br/ciencia/como-os-gatos-conquistaram-a-terra/. Acesso em 25 de agosto de 2022.

DRISCOLL, Carlos A., et al. The near Eastern origin of cat domestication. Science 317, 519 (2007)

LITTLE, S. E. O gato: Medicina Interna. 1a. ed. Rio de Janeiro - RJ: Guanabara Koogan LTDA, 2015. E-book (1775 p.)

GALAXY, J.; DELGADO, M. O encantador de gatos: O guia definitivo para a vida com seu felino. 6a. ed. rev. Rio de Janeiro - RJ: BestSeller, 2022. 29 p.


LAEQUI - LIGA ACADÊMICA DE PRODUÇÃO E CLÍNICA DE EQUÍDEOS

RABDOMIÓLISE POR ESFORÇO EM EQUINOS

Paula Silva Sobral


A rabdomiólise afeta animais com alimentação rica em carboidratos que são submetidos a diferentes períodos de repouso seguido de exercício, porém também acontece com animais atletas que se esforçaram muito além do que o condicionamento físico dos mesmos suportava. A rabdomiólise pode se apresentar de duas formas: Forma crônica e aguda. A forma crónica provoca episódios repetidos com grande frequência sem ter havido excesso de exercício. Deve-se a várias causas, como a rabdomiólise de esforço recorrente, a miopatia por armazenamento de polissacarídeos tipo 1 e tipo 2, a hipertermia maligna (MH) e miopatia miofibrilar.E de forma aguda caracteriza-se por um episódio isolado ou pouco frequente de necrose muscular devido ao exercício. O diagnóstico inicial é clínico, animais afetados por esta enfermidade apresentam: urina de cor escura, tremores musculares, dores e rigidez muscular, além de lesão renal, comprometimento circulatório e até laminite.  Após algumas horas/dias com a intenção de confirmar o diagnóstico deve-se realizar exames bioquímicos, como a dosagem da Creatininaquinase (CK) e a aspartatoaminotransferase (AST), estas duas estarão aumentadas caso o animal esteja com rabdomiólise. As enzimas devem ser avaliadas cerca de 12hs após o episódio agudo, para estabelecimento de continuidade ou não da lesão muscular e avaliação do momento do retorno às atividades físicas. É de extrema importância que o animal seja submetido a tratamento imediato para que o haja maior probabilidade de sucesso no tratamento. Normalmente é feita uma fluidoterapia endovenosa para reduzir a probabilidade de uma lesão renal, além de ajudar na eliminação dos tóxicos presentes no organismo do animal, em casos mais graves é necessário a administração de um fluido nutriente com eletrólitos por sonda esofágica.  O animal sofrendo de um caso agudo somente pode receber AINE após volumosa hidratação.  Para aliviar a dor do mesmo usa-se medicamentos analgésicos, como o butorfanol, misturado com a xilazina, alcançando afeito analgésico e relaxamento muscular. Algumas medidas podem ser tomadas de forma a prevenção da doença, tais como: exercícios diários, uma boa alimentação, evitando excesso de concentrado para animais em repouso, fornecer suplementos que possibilitem a diminuição do aparecimento da patologia.


Palavras chave: Exercício físico, Lesão muscular, Mioglobina, Cavalo sedentário.


Referências

Reed, Stephen M. Medicina interna equina / Stephen M. Reed, Warwick M. Bayly, Debra C. Sellon; tradução e revisão técnica Renata Scavone de Oliveira. - 4. ed. - Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2021. 1576 p.; 28 cm.
https://www.equinvest.es/pt/2017/10/04/rabdomiolise-em-equinos/

https://cavalus.com.br/saude-animal/rabdomiolise-em-equinos/

https://univitta.net/blog/saiba-como-prevenir-dores-musculares-rabdomiolise-em-seu-animal


Enriquecimento Ambiental para cavalos confinados

Priscila Motta Monteiro


Os cavalos foram muito importantes na construção da sociedade, ao ser domesticado pelo homem eles ajudaram em diversas atividades como pecuária e transporte. É um animal forte e resistente, mas apresenta particularidades fisiológicas, comportamentais e alimentares. A mudança da alimentação natural, para facilitar o manejo, acarreta várias complicações digestivas e comportamentais nos animais. Visto que o ato de se alimentar de pasto, com determinados intervalos entre a ingestão de alimentos e o descanso, ocupa o tempo e serve como atividade ocupacional recreativa e relaxante. Com a era moderna e o crescimento das cidades os cavalos passaram a ser criados em confinamento, afim de aproveitar ao máximo os espaços e as habilidades dos animais. Em baias pequenas e com alimento servido regularmente os cavalos perderam grande parte do comportamento natural e ocupacional de seu tempo, e muitos desenvolvem estereotipias pelo tédio de estarem confinados em baias pequenas e sem estímulos. Mas como podemos ajudar a melhorar isso? Nos informando e dando informações corretas. O ambiente ideal seria a construção de baias maiores e com janelas para que haja interação do animal com o ambiente e com outros animais. Melhor seriam baias com piquetes, onde os animais possam exercer seus comportamentos naturais. O uso de diversas formas de enriquecimento ambiental é indicado para evitar comportamentos indesejados ou mesmo para diminuir quando o animal já os apresenta. Existem 5 tipos de enriquecimento ambiental, são eles: sensoriais, alimentares, cognitivos, físicos e sociais.

Sensorial: estimular os sentidos com música suave ou outros sons agradáveis e tranquilos, escovações, aromas, variação do volumoso.

Alimentares: inserir brinquedos com alimentos, feno suspenso em redes pra reduzir a velocidade de ingestão, pedra de sal para estimular lambedura.

Cognitivos e físicos: oferecer bolas ou outro brinquedo que corra ou deslize, estimulando assim a visão, atenção, percepção de espaço, movimentação.

Social: interação positiva entre animais, grooming. Os cavalos estabulados devem receber atenção e cuidados especiais para evitar o aparecimento de estereotipias que possam atrapalhar o desenvolvimento e a produção desse animal. É de responsabilidade do tutor dar condições de vida que não acarretem sofrimentos à aqueles que participam ativamente do crescimento social e econômico do país.


Palavras chave: enriquecimento ambiental, estímulo, habilidade, comportamento.


REED, Stephen M.; BAYLY, Warwick M.; SELLON, Debra C. Medicina interna equina. 4. ed. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2021. 1576 p.

https://cavalus.com.br/saude-animal/enriquecimento-ambiental-em-equinos-e-seus-beneficios/-anima